sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Bullying: o agressor pode estar ao lado!

Andrea Santos

Quando se fala em direitos humanos, pensamos em muitas coisas, como a escassez da mão de obra infantil, o respeito à mulher, a educação para todos, e assim por diante. Hoje quero falar de um direito que todo ser humano deveria ter: o direito de ir e vir livremente. Esse direito é assegurado no Artigo 5º da Constituição Federal, entretanto muitas vezes é negligenciado.
Acredito que desde a infância temos o direito de nos expressar na forma de vestir, falar e agir. No decorrer da vida o ser humano vai se afirmando, seu caráter vai sendo moldado, consolidando suas escolhas.
Contudo no meio do caminho, e às vezes ainda no início, algumas pessoas se deparam com ações que visam minar seus sonhos, roubar seu entusiasmo, frustrar o desejo de realizar, tornando-se traumatizadas e apresentando cicatrizes difíceis de apagar.
Numa época em que, para muitos, a família tornou-se uma instituição falida, o respeito ao próximo parece se perder.
O tema a ser abordado é o Bullying, uma expressão americana, que define o mau trato para com outrem, externado de forma verbal ou física.
Geralmente observamos os pais preocupados se os filhos estão sendo bem tratados no seu meio social. Quando o assunto é bullying, já testemunhei pais aflitos pelo simples fato de assistirem uma reportagem e imaginarem seu filho passando por algo semelhante.
Mais não se pode esquecer que para existir a agressão é preciso um agressor. Já parou para pensar que esse agressor pode estar ao lado na figura de um filho? Quais seriam os pais a imaginar um filho incitando violência, traumatizando aqueles que, possivelmente, seriam seus colegas de turma, clube, cursinho ou coisa parecida?
Deve-se admitir que as interações sociais influenciam no comportamento das pessoas e por essa razão é preciso estar atento ao que crianças e adolescentes  andam fazendo.
É importante que os pais conversem com os filhos, procurem ouvir, observem comportamento, olhar, gestos, se estão sendo agressivos, como reagem quando o assunto é ser solidário, quem são as pessoas com quem se relacionam.
Mesmo que  nossos filhos não sejam vitimas nem agressores, o mais importante é que eles possam influenciar de forma positiva as pessoas que estão a sua volta e para isso é preciso educar bem. Proporcionar ferramentas - educação, atenção, carinho e respeito – aos filhos para que durante o convívio social eles saibam respeitar o próximo, são ações de Responsabilidade Social que podem contribuir com uma sociedade verdadeiramente humana, justa e pacífica.

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