sábado, 4 de junho de 2011

Lixo - Uma Nova Fonte de Renda

Paulo Lago
Salvador, terceira maior capital brasileira, com uma população de 2.675.656 habitantes, produz diariamente 4.685,09 toneladas de resíduos sólidos (lixo), sendo 2.756,73 toneladas de resíduos residenciais, de onde são geradas rendas para 805 famílias que se encontram reunidas em 22 cooperativas de reciclagem do lixo da capital baiana e que corresponde a aproximadamente a 1% dos resíduos recolhidos.
O resíduo urbano se bem administrado além de trazer benefícios e renda para a população, reduzem os impactos sobre o meio-ambiente. Hoje materiais como pilhas, baterias de celular, celular, lâmpadas florescentes, equipamentos elétrico eletrônicos são descartados no lixo residencial, e quando coletados são compactados juntamente com o lixo orgânico e terminam depositados em aterros e lixões, isso quando não são descartados em terrenos baldios, contaminado o solo, lenções freáticos, fauna e flora.
Hoje em Salvador não existe uma coleta seletiva eficaz. Para amenizar a situação a prefeitura espalhou pela cidade alguns pontos de coleta para materiais recicláveis denominados de PEV (Ponto de Entrega Voluntária), onde o cidadão pode depositar os seus resíduos domésticos. Mas faltam campanhas eficientes de divulgação e conscientização do cidadão para um consumo sustentável, demonstrando a necessidade de tratamento desses resíduos.
O lixo antes descartado como expurgo começa a ser visto como uma fonte de renda para muitas famílias e também como um grande negócio para algumas empresas. Em Salvador além dos catadores autônomos e das cooperativas, temos empresas gerando lucro a partir dos resíduos recolhidos diariamente na cidade, é o caso da Battre – Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos Ltda., a Battre já atua em Salvador desde 1997, tratando os resíduos destinados ao aterro metropolitano, além de dar o tratamento devido ao lixo das cidades de Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho ela também utiliza mecanismos para capturar o gás metano originado no processo de tratamento dos resíduos depositados no aterro e transforma esses gases em energia limpa sustentável, produzindo anualmente 150 mil MWh ao ano, o suficiente para abastecer uma cidade com 50 mil habitantes.
É possível através de pequenas ações no nosso dia-a-dia minimizar os impactos causados à natureza. Agindo conscientemente e separando os resíduos recicláveis dos não recicláveis, economizando água e poupando energia estaremos contribuindo para uma mundo melhor.

Um comentário:

  1. Olá Paulo Sérgio,
    Realmente, dentre tantos mudanças no comportamento para nos tornar um país de fato grande, temos a forma como tratamos nosso lixo. Na empresa em que trabalho há um foco muito grande na destinação do lixo, através de palestras, bate-papos, etc. Posso dizer com certeza que o meu grau de consciência em relação ao meio-ambiente é muito bom. Antes mesmo dessa moda do responsabilidade ambiental eu já brigava com a nossa turma em Pojuca para que esse valor fosse dado ao meio-ambiente...alguns levavam a sério, a maioria não estava nem aí.

    Um abraço,
    Jânio.

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