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| Bernadete Santos |
A humanidade ao longo dos seus milhares de anos, incansavelmente vem passando por vários processos de transformação.
A Revolução Industrial que teve início no século XVIII, na Inglaterra, trouxe uma metamorfose considerável para a espécie humana nos últimos séculos. Os hábitos rudimentares dos camponeses foram trocados pelas inovações que sacudiu as estruturas de uma sociedade pacata, simples e pouco desenvolvida.
Este período de tempo foi marcado com características específicas, foi uma época de ouro para o capitalismo, lucros em elevação, custos em declínio e a produção em ritmo frenético, algo meio que indomável.
Mas toda essa ascensão teve um preço para o ser humano, ou melhor, um prejuízo. Os avanços tecnológicos, as mudanças de hábitos que revolucionaram a maneira de produzir, trouxeram consigo vários problemas sociais que perduram até os dias atuais.
O crescimento desordenado e o êxodo rural sem dúvida foi e tem sido um dos maiores causadores dos problemas sociais.
O tratamento desumano dado aos colaboradores da época, era o grande causador da desestabilização psicológica, familiar e conseqüentemente social. Esse processo de mudança trouxe grande impacto de nível econômico e social.
Se por um lado a economia crescia e era colocada sempre em primeiro plano, a sociedade pouco tinha valor.
Houve alguns avanços tímidos com a criação dos sindicatos que tinham o objetivo de melhorar as condições de trabalho, mas no âmbito social, ninguém se dava conta da atenção que essa área tanto precisava. Mas onde estaria a solução para o desastre social causado pelo próprio homem?
Na Responsabilidade social. Na verdade quando uma empresa deixa de visar somente o lucro e passa a se preocupar com os impactos internos e externos causados pela organização perante a sociedade e para seus funcionários, esta corporação esta tendo uma responsabilidade Social.
A França foi o primeiro pais a criar uma lei onde todas as empresas teriam a obrigação de destinar um percentual do seu faturamento para projetos sociais. O critério era simples, bastava ter acima de trezentos funcionários e logo destinaria um percentual do seu faturamento para projetos sociais.
No Brasil, na década de 70 começou um movimento com um ar meio filantrópico, - ADCE - Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas, se mobilizava para entender e tentar resolver os problemas que as pessoas estavam passando nas empresas e na sociedade.
De forma embrionária surgia no Brasil a Responsabilidade Social.
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